Ingá
Ingá | |||||||||||||||||
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Inga feuillei no Jardim Botânico Ho'omaluhia, em Oahu, no Havaí, nos Estados Unidos | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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O(a) ingá, também chamado(a) ingazeira, é uma árvore do gênero Inga, da subfamília Mimosoideae, da família
sementes envolvidas por uma polpa muitas vezes comestível1 . É muito comum nas margens de rios e lagos,
sendo muito procurado pela fauna e pelo homem por suas sementes envolvidas por polpa branca e adocicada.
O ingazeiro costuma apresentar floração mais de uma vez por ano.
São conhecidas cerca de 300 espécies do gênero Inga. O atual centro de diversidade do gênero é a floresta
amazônica, mas o gênero possui representantes no México, Antilhas e em toda a América do Sul, sendo um
gênero exclusivamente neotropical. Em geral, os ingás preferem nascer às margens dos rios, devido à grande
quantidade de sementes levadas e depositadas nas várzeas pelas enchentes.
Etimologia
"Ingá" se originou do termo tupi in-gá. De acordo com alguns, "ingá" significa "embebido, empapado, ensopado"
Descrição
Todas as espécies de ingá produzem frutos em vagens, que podem atingir até mais 1 m de comprimento,
dependendo da espécie, mas no geral, a maioria das espécies possuem frutos com até cerca de 10 – 30 cm de
comprimento. As espécies são facilmente reconhecidas a nível de gênero por apresentares folhas compostas,
paripinadas, raque foliar normalmente alada, nectários foliares entre cada par de folíolos e sarcotesta envolvendo
as sementes. Esta última característica é única na subfamília, o que diferencia Inga dos demais gêneros.
Existem várias espécies, que se diferenciam pelo tamanho do fruto, outras pelo tamanho e tipo dos nectários
foliares, porém, quase sempre, se utiliza várias características morfológicas para diferenciar as espécies, tarefa
que nem sempre é fácil.
A polpa que envolve as sementes, denominada em termos corretos de sarcotesta é branca, levemente fibrosa e
adocicada, bastante rica em sais minerais, e é consumida ao natural.
Também é usada na medicina caseira, sendo útil no tratamento da bronquite (xarope) e como cicatrizante (chá).
A árvore pode chegar a uma altura de 15 metros, é muito utilizada para sombreamento dos cafezais. A planta
prefere solos arenosos perto de rios. Com flores de coloração branco-esverdeada, a ingazeira frutifica
praticamente em todo o ano.
Há vários táxons, como Inga vera subsp. affinis (ingá-doce), Inga laurina (ingá-feijão), Inga subnuda subsp.
luschnatiana, Inga marginata, Inga edulis (ingá-cipó), Inga barbata, Inga virescens, Inga blanchetiana e outros.
Cor da polpa do ingá
As crianças guaranis no litoral norte de São Paulo, Brasil, ensinam que para reconhecer se o ingá está bom
para comer deve-se ver a cor da polpa que envolve as sementes dentro da fava. Uma vez aberta a fava, que é bem
dura, mas que se rompe sob pressão ao longo de sua linha de costura, observa-se a cor da polpa, se estiver preta
não presta para comer, mas se a polpa estiver esbranquiçada, está boa e seu sabor e aroma são muito agradáveis.
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